Por Josenil Batista
Os individuos estão condicionados em uma sociedade que busca sempre mecanismos de aperfeiçoamento para atender o crescimento demográfico, mas a mecanização do sistema e a produção em massa nem sempre traz benefícios aos consumidores seja direto ou indiretamente.
Observe que: temos quem goste de refrigerante e outros de sucos naturais. Quem goste de andar motorizado e outros de caminhar, o primeiro às vezes por comodidade e o segundo na maioria por necessidade. Quem goste de música clássica, popular, pagode, raízes sertanejas seja pela condição estatal, cultural ou regional que estão inseridas. Desses alguns por cultura; tem quem goste de funk, e na maioria gritante por falta de cultura e até quem goste dessa nova geração da música que vão rotulando dizendo que são variações e tendências da música já até falam em “breganejo”.
Nosso objetivo não é dizer o que é melhor ou pior. Gosto é igual ao… …nariz, cada um tem o seu!
Aqui fácil dizer o que é qualidade e quantidade. O sistema social produz hoje produtos que são consumíveis pela população em massa e isso deteriora a cultura e não venha dizer que isso também é cultura, porque não é. A deflagração da qualidade dos produtos é simplesmente uma forma de tornar acessível a grande massa populacional os produtos descartáveis e que pura e simplesmente nos decepciona em algum momento de sua consumação. Observe quem é que já não estressou com aquele grampeador de papéis que você comprou recentemente na papelaria, se fosse aquele “antigão”, pesado, e desbotado que você utilizava também para peso de porta, com certeza a sua decepção seria menor. Mas é claro ele desbotou e também era muito grande assim comprei um bonitinho, todo personalizado e combina com a parte interna das gavetas.
Que pena aconteceu o mesmo com você ao longo da sua rotina de vida, quando sempre foi a lanchonete e pediu um refrigerante ao invés de um delicioso e saudável copo de suco natural. Tudo bem você gosta de refrigerantes que provoca estrias, engorda e é mais rápido. Afinal estamos em um “fast food”, gigante e que a qualidade nem sempre é vista em primeiro plano, mas a necessidade de atender a nossa pressa é maior e não temos tempo para esperar o suco.
A sociedade está buscando cada vez mais descartar aquilo que ele acredita não ser o melhor, mas sim o que vai atender mais rápido, porém sem durabilidade e qualidade.
“... como era bom aquela garrafa de coca cola de 290ml geladinha que vinha nos recipientes de vidro, o gosto era outro...”
É a industria esta se reinventado para ganhar mais mercados e atender a cada vez mais a grande massa que até está sucateando os seus próprios produtos. Mas tudo bem aqui é fast food!
Sabe aquela mesa que você viu na casa da sua avó há dez anos atrás, trabalhada a mão de madeira de primeira qualidade. Você viu, passado, porque hoje os móveis são descartáveis utilizáveis por um curto espaço de tempo. E quando o estilo da moda passar a decoração da sua casa já não tiver mais condizente com o momento que estiver passando, não se preocupe na loja terá outra infinidade de outros móveis que você poderá escolher para decorar a sua residência, mas não se preocupe serão mais descartáveis que os atuais. Mas não se preocupe aqui é um fast food!
Você viu aquele político famoso que assumiu um cargo público e que tinha um ideal, trabalhar pela população e chegou ao final de seu mandado com orgulho e o povo querendo que ele continuasse no poder. Bem o individuo social vem se reciclando para novas tecnologias e ainda, infelizmente não conseguiram reinventar novos e melhores políticos.
Bem aqui estamos em uma realidade nada condizente com o exposto acima, estamos com o senado com grandes pizzaiolos como disse o presidente da república recentemente, mas não se preocupe aqui é um fast food… …quem será o chefe da cozinha? O presidente, os políticos de forma generalizada ou nós, os eleitores?
Que fast food é esse?
É o nosso pais, é o nosso Brasil!!!